Pequena junção de imagens, sobre a próxima edição de Magic, baseada na mitologia celta
Ainda me lembro como se fosse ontem...
Dias e dias que passei no rainha/prezunic/sendas como diz o Phill, me divertindo horas e horas jogando Magic
Mas, quando começamos a jogar, lembro-me que o booster era R$7.00 e ainda tinha uma promoção de umas edições mais antigas por R$4.50, e quando paramos de jogar, aliás, acho que paramos por causa disto, o booster do nada foi a R$11.00, estava começando a era negra do Magic. Um fato que me assustou muito foi à valorização repentina das cartas, pois fiquei sem jogar por um ano (parei assim que saiu Investida e voltei em Mirrodin), quando voltei as cartas comuns que eram R$0.25 estavam de R$0.50 à R$1.00 e as incomuns que eram R$0.50 estavam de R$1.50 à R$3.00 sem falar das raras.
Mas o caso principal do porquê coloquei o capitalismo selvagem, foi o fato da Wizards of the Coast, fabricante do jogo, mostrar que está disposta a sacrificar algumas das tradições milenares do Magic para conseguir vender mais. Veja bem:
Era muito difícil na época conseguir completar uma edição toda, pois eram muitas cartas lançadas a cada seis meses, e olha que trocávamos cartas uns com os outros todos os dias, mas por puro sanguessuguismo a empresa decidiu abreviar esse tempo, lançando cada expansão a cada quatro meses, agora somente a aristocracia consegue completar suas coleções, os ricos já desistiram. Mas o que importa as nossas coleções de cartas colecionáveis se o lucro da empresa é adiantado?
Pode parecer besteira minha, mas o fato de às lendas serem reeditadas pode ajudar a comprovar isto. Quando um token me perguntava antes por que às lendas não voltavam, eu tinha todo o trabalho de explicar que elas representavam personagens históricos do jogo e por isso, só poderiam existir em um período de tempo, mas na coleção espiral do tempo, esse paradigma foi por água a baixo, às lendas voltaram e com uma classificação diferente: Mega raras, com a cor roxa elas valorizaram muito a compra dos boosters. E não satisfeitos, eles desandaram geral, voltando tudo que é de mais foda (e que nunca deveria voltar) na décima edição. Vale muito mais comprar um booster agora do que antes, visto que, a chance de tirar cartas muito valiosas aumentou bastante.
Era fato que a Wizards tinha planejado deixar o Magic mais lento, pois com a não reedição dos terrenos de pin (Era Glacial e Apocalípse) em oitava edição e com a volta dos terrenos de tap (Invasão), o jogo dos baralhos com mais de uma cor iria dar uma freada, eu mesmo tinha adorado, por causa da idéia do custo benefício; se o seu baralho tem várias cores, então ele possui muitas habilidades diferentes, em compensação a velocidade decai, quer dizer, decaía. Com a chegada de nona edição todos os 10 terrenos pin voltaram (vale ou não comprar um booster?) e não parou por aí, Ravnica uma das melhores edições já lançadas, trouxe os espetaculares Terrenos dual muito melhores que os pin, tanto é que saíram valendo um absurdo, eu mesmo passei dois desses para o Marcos da POW Games por R$40.00 na época (terrenos que o Gabriel tinha tirado no booster). Nesta época era impossível comprar booster de Magic, simplesmente porque não tinha e os que chegavam, já vinham encomendados.
Não estou com isso dizendo que a Wizards não pode visar o lucro, até mesmo porquê é isso que a caracteriza como capitalista, da mesma forma que 99,9% das empresas no mundo, mas o que contesto é que acho ganância em demasia, a mudança dos próprios conceitos básicos da empresa que regira tão bem o jogo desde 1993, para poder lucrar alguns dólares a mais (lê-se muitos dólares a mais). Se ela quer mudar para ganhar, eu apóio e acho que é válido para qualquer um, mas mexer em algo tão bem consolidado como estava, é demais! O jogo estava redondinho, todo mundo conseguia jogar na boa e ter as suas cartas, mesmo que poucas, agora é impossível. Já ouvi dizer que em time que está ganhando não se mexe, acho que eles esqueceram disso. Sorte que a maioria dos jogadores ainda não se deu conta, mas não acho que vai demorar muito, visto que, a própria empresa parece estar tomando medidas para tentar remediar um futuro apagão nas vendas, o booster de R$13.00, do nada foi para R$10.00 e com boatos que vai cair mais.
Da forma que for, eu não me vejo parando de me divertir com o jogo que é um dos melhores, se não for o melhor; só me resta esperar que a empresa entenda que um jogo de raízes como é o Magic, que já aguentou tantas crises, não pode simplesmente ter os alicerces constantemente mudados sem causar algum prejuízo, se não for na conta da empresa, pode ser na diversão dos jogadores que a sustentam...
Alguém aí se lembra do Pokémon, Spellfire, Yugi Hôôôô (acho que é assim que se escreve)...